quarta-feira, 8 de julho de 2009

Prólogo

O frágil Clay corre os olhos pelos números na rua. Procura o endereço do jornal. Ele só precisa registrar e preparar uma biografia para um ricaço que quer perpetuar seu "status" e consegue o dinheiro para as contas do mês seguinte.

Finalmente, acha a casa que procurava. Seus jardins bem cuidados e a cor vermelho sangue das paredes chamam atenção. Ele toca a campainha. Um criado o recebe. Subidas as escadas, o jornalista falido ouve uma voz, uma voz que conta uma história. Uma voz envolvente, uma voz experiente, uma voz de quem morreu, mas não sabe ainda.

"A vida é uma benção. A morte também. Desisto agora do meu segredo. Aquele um que esteve presente na minha história desde o começo dos tempos. Segredo compartilhado por poucos, segredo secreto mesmo com todos sabendo. Meu nome é Perseu, filho de Euclides. Nasci em Atenas, no ano de 450 A.C. O notebook que esquenta meu colo deverá ser outra testemunha de minha vida, antes do final. Em mãos, tenho o diário de Carlos, nascido no ano de 380 depois de Cristo.

O segredo tem sido mantido desde os primórdios, portanto vou deixar que ele seja interpretado da forma que você, testemunha, bem entender."


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